quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Meus diferentes oitos de novembro
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Donde vem o vazio no existir?
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Lendo as estrelas...
sábado, 21 de julho de 2012
"País das Lágrimas"
segunda-feira, 12 de março de 2012
Vivendo e morrendo...
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“Suportando-me a mim mesmo!”
Estou aqui, na existência! Nunca pedi para vir aqui, nem mesmo desejei ser jogado onde estou. Compreendo-me como um homem insatisfeito, inquieto, angustiado, perdido... meu coração vive um momento de falta de sentido. Sim, sinto-me agora sem um bom sentido. Questiono-me em relação à presença de Deus e qual é a sua real função. Agora posso compreender esse homem absurdo que sou...
Sim, esse homem absurdo começa deixar-se compreender em minha existência. Começo a compreender o quanto me faz falta o doce beijo da mulher amada, o prazer de tocar suas curvas e de satisfazermo-nos... Sinto-me imerso na saudade de gozar o sopro da natureza, de encantar-me com brilho das estrelas, de saborear em minha pele a saciedade de um banho de chuva. Meu coração não é apaixonado com os sacrifícios e dores de um preceito ou lei, mas antes se rejubila nos prazeres do corpo e da vida. Sou um homem absurdo que deseja apenas aproveitar, com a maior intensidade possível, os prazeres e encantos da vida, sem pensar nas possíveis condenações futuras.
Entretanto, o mal está na existência! Todos esses desejos não passam de esperanças, que podem morrer e que muitas vezes nem se concretizam. Sim, o mal existe aqui! E não me venha com essas “babozeiras” e histórias sobre sua racionalização... Eu odeio o mal, mesmo sabendo que odiar já é um mal... Sou obrigado a sofrer e ter que suportar àquele “outro infernal de Sartre”, mesmo o amando como o “outro de Levinas”... Vivo isto, que muitos chamam de vida e que eu estou jogado...
A cada dia me revolto com o meu e o sofrimento alheio... Não me venha também com aquelas chantagens emocionais onde devo suportar o meu sofrimento, a exemplo do outro... Sou pregador dessa linda exortação afetiva e como diz o próprio termo: “prego”, ao invés de “receber a pregação”... agora só tenho desejos e como desejaria satisfazê-los e encontrar-me com o único gozo que encontro nessa vida...
Ah, chega! Ficar comigo mesmo e curtir o silêncio que me ensinaram é bom, mas cansa – tem vezes... Por isso, vou em busca desses desejos. Com certeza não terei todos satisfeitos, mas agora o que me cabe e é possível, eu quero. Ah! Se não gostou ou achou-me um louco solipsista, então espere o dia de seus próprios assombros e compreenda. Mas, se ainda achar-me um ateu ou ainda um mimado vagabundo... posso sê-lo, não ligo! Ou melhor, ligo sim e me revolto com você também!
JACKSON DE SOUSA BRAGA
Indiferente, 11 de março de 2012
P.S.: Ainda tenho que suportar esta consciência ética? Sim tenho! E ela não quer deixar-me imergir nos prazeres que desejo.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Saindo do mundo!?
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"não existe pátria para quem desespera e, quanto a mim, sei que o mar me precede e me segue, e minha loucura está sempre pronta. Aqueles que se amam e são separados podem viver sua dor, mas isso não é desespero: eles sabem que o amor existe. Eis porque sofro, de olhos secos, este exílio. Espero ainda. Um dia chega, enfim." (Albert Camus)
Já ouvi: “o meu reino não é deste mundo!” e “o meu reino é deste mundo!” Já ouvi também que “somos outro em relação a nós mesmo!” e que “o outro é um eu”. Diante de tais frases enunciadas me pergunto: Foi, é ou será?... sim essa é minha pergunta; é uma pergunta humana, com palavras humanas e conhecimento pequeno. Gostaria de descobrir com ela se o meu mundo ou melhor o outro mundo faz parte de mim...
Deixe-me explicar melhor: meus questionamentos vão em direção a descoberta deste mundo que está me perguntando e fazendo-me perguntar sobre os motivos de me encontrar nele; encontro-me perdido em meus dias e noites... não sei mais rezar, não sei mais ser paciente, tem horas que duvido até de minha capacidade de amar... só sei olhar para essa vida como um terceiro, que quer compreender o autor, sem nem mesmo ter compreendido o enunciado e a linguagem da obra. Sou um perdido! Um vagabundo das descobertas... Mas, alguém que sabe amá-las como nenhum outro amante poderia amar...
Sou um filho das buscas gregas, das angústias patrísticas, da dúvida moderna e das incertezas contemporâneas... sou tudo isso ao mesmo tempo! Sou esse ser jogado no tempo e que não acredita em sua existência... talvez duvide da minha própria... sinto falta dos beijos ao a descobrir a beleza da Coragem... Sinto falta da amizade que sorri ao lembrar-se das diversões do passado e que sofre junto os padecimentos... sinto falta, até mesmo, dos momentos de solidão e do silêncio ao descobrir...
Ah! Quanta saudade do meu namoro das estrelas... da contemplação da lua e da percepção do infinito... Perguntam-me se me arrependo deste passado? Talvez. Talvez de não tê-lo vivido com maior intensidade! Mas, não gostaria de sofrê-lo novamente... Só queria que os melhores sonhos dele viessem a se realizar neste presente e que o encanto do futuro sonhado fosse já palpável no agora...
Sim, esse é o desejo de todos! Mas, eu não desejo que venha na facilidade do dia a dia e sim na luta e no suor de todos os dias... desejo batalhar, como um guerreiro, mas só que sem armas... enfim, sou o que foi, sendo o que é e que busca o será... em tudo isso, vou levando essa vida e/ou essa vida me levando, para onde? Não sei... mas, com certeza, ouso dizer: QUEM NÃO SABE O CAMINHO DEVE CONTINUAR CAMINHANDO...
Jackson de Sousa Braga
Itabirito, 2 de março de 2012
Dia Nacional do Turismo
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
O encanto das flores e o doce perfume da família
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A família é o maior bem de toda a sociedade. Todo ser humano precisa de estar vivo e ativo em uma família. Acredito que vale a pena comparar a família com um jardim, pois tem o grande encanto de seu perfume e flores, os quais nos preparam para oferecer aos outros a beleza e amizade de nosso ser.
Antes de plantar um jardim, os jardineiros e jardineiras precisam conhecer o ambiente, escolher a terra, selecionar o adubo necessário, olhar os tempos e estações do ano apropriadas para o plantio... Quando atingirem o momento certo acontece o plantio que vem acompanhado de um aprofundamento da terra pela semente. Os jardineiros (as) têm que estar atentos ao todos os momentos das plantas, sabendo em que momento nasce o broto; quando ele precisa de água, de adubo, de sol, de proteção, de poda, de capina etc. Em seguida, quando a flor se desenvolve, ela precisa se proteger a si própria; ela precisa criar as mais belas rosas que puder oferecer ao mundo; ela anseia buscar as mais profundas raízes para encontrar o sustento e forças necessárias para se manter de pé; finalmente, ela deve criar mais sementes para que possa propagar seus encantos pelos jardins do mundo.
Mas, às vezes, existem momentos de chuvas fortes. As chuvas vêm acompanhadas de grandes ventos e exoradas, cuja força tenta destruir e danificar toda a planta. No início da caminhada cabe aos jardineiros (as) cuidar e zelar para que não se perca nenhuma de suas plantas. Porém, após o fortalecimento e estabilidade do caule, a planta se incumbe de se proteger e de proteger cada flor que puder oferecer ao mundo. Destaca-se que as chuvas são boas, porque enchem a terra de nutrientes e mandem sua umidade. Além disso, prepararam e ensinam as flores para as próximas chuvas que virão.
A família é como um jardim! O homem e a mulher precisam se conhecer, preparar um lar, escolher os melhores sonhos juntos, olhar o momento certo da união e da geração... Quando atingirem o momento da união e formação do lar, unem-se no plantio que vem acompanhado do encontro de amor entre as virtudes do casal e a fragilidade de suas pessoas. É graças à atenção que dispensam a sua união e ao solo de seu lar que se originam os frutos de seu amor, pequenos e frágeis no momento do nascimento, por isso necessitam tanto reforço, amor e carinho do homem e da mulher. Esses pequenos seres necessitam do leite maternal que além de alimento dispensa o carinho maternal; do sustento que o amor paternal entrega com o suor de seu trabalho, cheio da benevolência paterna; e diante do frio, das carências e dores, sua bondade será a certeza e convicção de melhor remédio. Quando esses frutos crescem são convidados a oferecer alegrias aos seus criadores, cujo amor e serviço continua firme e fiel.
Mas, às vezes, existem os momentos de sofrimentos em suas vidas. Essas dores e sofrimentos causam muita tristeza, cuja força é temida por todos, pois abala as estruturas mais fundamentais da família. O fundadores da família são chamados a serem sinal de união e exemplo para seus frutos e mesmo diante do erros uns dos outros devem se dedicar para se entender. Porém, após o desenvolvimento daqueles frutos, os pilares podem ter algumas dores e sofrimentos causados pelos frutos e ambos precisam mostrar o respeito e dedicar-se em melhorar sempre – tendo sempre em vista a união e a fortaleza que são os melhores filhos do amor.
Portanto, só posso dizer que uma família que se aprofunda no solo do amor só pode gerar flores cheias de brilho; jardins encantadores, por sua beleza; filhos que poderão oferecer sementes da melhor qualidade; enfim, a família é como um jardim, porque é capaz de manter em todos os tempos as mais lindas paisagens, cujo fruto são os melhores perfumes da dedicação, da fortaleza, da segurança e, prioritariamente, do AMOR.
Jackson de Sousa Braga
Ouro Preto, 18 de setembro de 2011