Uma
pergunta: “Para quê?”
Para
que o ontem a perturbar o hoje, que morre no amanhã?
Para
que o nada, sendo que o tudo me ocupa a mente?
Para
que o inferno, sendo que a vida está já aqui?
Para
que a solidão, no meio da multidão suicida?
Um
desejo: “Compreender o nada!”
Compreender
o nada consumidor do tudo, no tempo e no espaço.
Compreender
o nada do conhecimento, em meio a tantas opiniões.
Compreender
o nada de cada palavra, ao dizer o silêncio.
Compreender
o nada dolorido do mal.
Uma
paixão: “O viver!”
O
viver da compaixão, em meio ao ódio, à cobiça e ao poder.
O
viver da caridade, no mundo do capitalismo neoliberal.
O
viver da amizade, em meio egoísmo altruísta.
O
viver do amor, em meio a objetivação do pobre.
Um
Fim: “A dor do mal!”
A
dor do mal de manter vivos os pesadelos mortais.
A
dor do mal em manter a morte inquietando-me.
A
dor do mal em salientar o sofrimento.
A
dor do mal em ser mal.
Jackson
de Sousa Braga
Depois,
16 de outubro de 2012, às 23h05min.
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