terça-feira, 27 de agosto de 2013

27 de agosto...


Este dia é bem especial para mim, pois somente nele lembro-me de três fatos, de cuja importância marcam minha história e vida, são eles: Dia de Santa Mônica, aniversário de morte de Dom Luciano Mendes de Almeida e dia do Psicólogo. Poderia ser sim para muitos um dia qualquer, entretanto para mim ele assume um significado especial, dando-me a lembrança de ações que são importantes para minha história pessoal e de meu compromisso com uma humanidade melhor e mais humana para todos.
            Em relação ao dia de Santa Mônica, posso lembrar-me de uma mulher de coragem e amor incondicional a seus. Ela que foi uma mãe de fé, dedicada para com o seus filhos e marido me adverti de meu compromisso de ser um bom membro em minha família, de dedicar-me no cuidado desse bem incomparável, dado por Deus a mim. Além disso, ela me lembra de minha responsabilidade de ser uma pessoa confiante no amor e na fé. Mônica destinou 32 anos de sua vida a orações por seu filho, Agostinho, o qual, após converter-se, dedicou-se aos estudos e diálogo entre a fé e a razão – merecendo o título de filósofo e Doutor da Igreja. Além disso, Mônica me ensina a não querer colocar-me como um manipulador da vontade de Deus, mas antes saber respeitar as etapas e processos de sua providência. Ela não foi uma pessoa conformada com a vida ou passiva em relação à situação, mas antes uma mulher empenhada com os exemplos e ativa em seus sonhos. Foi da intercessão dessa grande mãe que recebi um comunicado: "Agostinho gosta muito de você... Você está construindo sua casa e ela está ficando muito bonita, só que ultimamente você tem jogado algumas pedras nela." Ajude-me, querida padroeira, a ser cada vez mais um bom construtor de minha casa e um homem zeloso para com a mesma.

            Quanto a Dom Luciano Mendes de Almeida, posso lembrar-me de um homem de amor para com os mais necessitados. Dom Luciano foi e ouso dizer que ainda é um homem exemplar para nossas ações em relação aos outros. Lembro-me de inúmeros fatos que ele realizava e nos encantava com amor, mas principalmente de suas frases e ensinamentos – os quais vinham recheados de vivência sapiencial. Saliento aqui algumas de suas frases que sempre levo como propósito de ação: “Descobri que o céu é ver os outros felizes”: Essa frase nos indica que não podemos esperar a concretização de um Reino de Deus sem dedicarmo-nos a felicidade dos outros; “Se eles estão pedindo é porque necessitam!”: Essa frase me fora comunicada por uma de suas fiéis ajudantes, em Mariana-MG. Em tal enunciado, o inesquecível Bispo marianense nos lembrava da importância de nossas ações serem menos recheadas de desejos e propósitos de julgamento e serem mais ações solidárias de amor e acolhida; Deus é bom!”: Esta frase fora dita por ele, em meio ao sofrimento e nos lembra de nossa responsabilidade de percebermos a presença de Deus como alguém que acompanha-nos em busca da felicidade que não aluna o nosso ser humano – dotado de dores, sofrimentos, angústias etc. –, mas antes “é conosco” em meio a nossa humanidade de alegrias e tristezas, males e bens, prazeres e angústias... Tive pouquíssimos contatos com Dom Luciano, mas nestes poucos, peço a Deus que aquela benção que ele me dera: “Deus lhe abençoe! Tudo bem com você?” faça-me sempre mais um compromissado com a concretização desse tudo bem comigo e com o outro e me aproxime da maios benção de Deus: o Amor ao próximo como a mim mesmo.
            Finalmente, sobre o dia do psicólogo posso sentir-me feliz por estar me dedicando na entrada dessa dimensão de saber. Não sei se sou capacidade já para falar de tal ofício, pois ainda estou começando a conhecê-lo e aprender sobre seus propósitos, contudo dou-me aqui o direito de ousar em meu discurso.  Creio que essa profissão seja antes de tudo um desejo de ajudar o outro, principalmente em sua individualidade. Seu propósito maior é fazer de nosso encontro uma oportunidade de escuta do outro, acolhendo-o em suas palavras. Ao que me parece, o psicólogo é o profissional que se depara com o mal discursado por aquele que o teme e não o quer mais suportar e cabe a esse profissional a missão de acolher o outro e ajudá-lo. Nas aulas, estou me lembrando muito das palavras do Rubens Alves sobre a arte de ouvir, que tanto psicólogo precisa ter: “Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.” Talvez, esse seja a característica fundamental do psicólogo, a capacidade se saber silenciar-se e ouvir. Que eu aprenda sempre o silêncio, mestre da aprendizagem, e também a arte da escutatória.
            Concluindo, só posso pedir a Dom Luciano e a Santa Mônica que elevem, junto com meu amor, minhas preces a Deus, para que eu vivencie cada vez mais: o amor a meu bem maior, minha família, e também a oração verdadeira e sábia, cuidado/construindo de minha casa e protegendo-a; aprenda a amar o próximo com atos de amor; e a silenciar-me para/e ouvir. Santa Mônica e Dom Luciano, intercedam a Deus por nós!



JACKSON DE SOUSA BRAGA
Viçosa, 27 de agosto de 2013, 13h07min.
Dia de Santa Mônica
7º ano de falecimento de Dom Luciano M. Almeida
Dia do Psicólogo.

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